RECUPERAÇÃO de Estruturas na Tuba Uterina Após Transferência Intrafolicular de Oócitos Imaturos (tifoi) Com Diferente Número de Complexo Cumulus-oócito Injetados.

Nome: FELIPE LOPES RUAS
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 28/10/2022
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
JOSÉ DE OLIVEIRA CARVALHO NETO Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
JOSÉ DE OLIVEIRA CARVALHO NETO Orientador
MICHELE RICIERE BASTOS Coorientador

Resumo: Muitos fatores podem estar envolvidos na baixa eficiência da TIFOI na
produção de embriões e para identificar esses fatores é necessário esclarecer em qual ponto do processo estão ocorrendo as maiores perdas. O objetivo foi avaliar o efeito da quantidade de complexo cúmulos-oócito (CCO’s) injetados durante a TIFOI na taxa de recuperação de estruturas e embriões e uma possível resposta inflamatória na tuba uterina. Foram utilizadas 45 vacas Nelore, não lactantes, submetidas a protocolo de sincronização da ovulação (D0: P4+2mg BE; D8: 0,5mg PGF2&#945; e remoção do dispositivo de P4; D9: 1mg BE). Às 54,5±2,7h após a retirada do implante de P4, foi realizado a TIFOI: Grupo Controle (GC; n=15): TIFOI com injeção de 60µL de meio (TCM199) acrescido de 10% SFB, sem a presença de CCO’s; Grupo 5 (G5; n=15): TIFOI com injeção de 5 CCO’s em 60µL de meio; Grupo 50 (G50; n=15): TIFOI com injeção de 50 CCO’s em 60µL de meio. Após TIFOI, as vacas foram inseminadas e receberam 10µg de acetato de buserelina i.m. (GnRH; Sincroforte®). Entre 64 - 66 horas após a TIFOI, foi realizado o abate para coleta do trato reprodutivo, com dissecção e lavagem da tuba uterina ipsilateral ao ovário que apresentou ovulação. A lavagem da tuba uterina foi realizada com 3 mL de PBS e o conteúdo avaliado quanto à presença de estruturas. Foram consideradas estruturas: oócitos não fertilizados, zona pelúcida ou embriões (oócitos clivados). Após a lavagem, as tubas uterinas foram divididas em quatro fragmentos e coletadas para histologia visando a avaliação da presença de células inflamatórias. De acordo com a recuperação, os animais foram alocados nos seguintes grupos: nenhuma estrutura presente na tuba uterina (Histo0, n = 11); 01 estrutura presente na tuba uterina (Histo1, n = 16); 2-9 estruturas presentes na tuba uterina (Histo2-9, n = 8); e 11-40 estruturas presente na tuba uterina (Histo11- 40, n = 10). Para avaliar se o CCO injetado e não recuperado na tuba uterina ficaria retido no folículo após a ovulação, o CL em formação foi dissecado e a cavidade interna foi lavada e a massa lútea foi coletada para verificar a presença de CCO pelahistologia. Para calcular a taxa de recuperação de estruturas totais e embriões, uma estrutura foi removida para desconsiderar a estrutura fisiológica do folículo da vaca "ovuladora". A recuperação total e a taxa de embriões entre os grupos foram comparadas usando o teste de Mann-Whitney (P<0.05). A taxa de recuperação das estruturas e embriões foram submetidos à correlação de Pearson com o diâmetro folicular (DF); perfusão do FD no D10; intervalo de tempo de permanência do CCO na agulha de injeção e tamanho da tuba uterina. Descritivamente, após a lavagem da tuba uterina do GC, 11 (73,3%) vacas apresentaram estrutura, com 72,7% de clivagem. No G5 e G50 foi recuperada estrutura em 10 (66,7%) e 13 (86,7%) vacas, respectivamente. Considerando a presença de &#8805;2 estruturas, a recuperação ocorreu em 7 (46,7%) e 10 (66,7%) vacas, para G5 e G50, respectivamente. A taxa de recuperação de estruturas totais e embriões foi semelhante entre G5 (24%; 9,3 %) e G50 (31,6%; 7,0%). Finalmente, em 2 (13,3%) e 7 (45,6%) animais do G5 (2,7%) e G50 (2,1%) os oócitos foram recuperados após a dissecção do CL. Nenhuma correlação foi encontrada entre a taxa de recuperação de estruturas totais e clivadas com quaisquer parâmetros avaliados: diâmetro FD (R=-0,1 e R=0,32); perfusão do FD (R=-0,03 e R=-0,05) comprimento da tuba uterina (R=- 0,11 e R=-0,17) e tempo de permanência do oócito na agulha (R=-0,05 e R=-0,05). Independente da quantidade de COC’s recuperados, não foi observado diferença na quantidade de células inflamatórias nos diferentes segmentos da tuba. Entretanto, nos grupos Histo0 e Histo11-40 a porção da ampola proximal apresentou maior quantidade (P>0,05) de células inflamatórias quando comparada ao istmo distal. Já no grupo Histo1, a ampola proximal e distal apresentou maior quantidade de células inflamatórias que nos segmentos de istmo. Não foi observado a presença de CCO nas amostras do CL. Esses resultados sugerem que a baixa recuperação pode não estar na captação, e sim na liberação desses CCOs no momento da ovulação.

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