Cães de Busca, Resgate e Salvamento: uma Abordagem Sobre o Condicionamento Físico.

Nome: CAROLINE SANT' ANNA FEITOSA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 28/02/2019
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
LEONARDO OLIVEIRA TRIVILIN Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
DENISE SARETTA SCHWARTZ Examinador Externo
LEONARDO OLIVEIRA TRIVILIN Orientador
SURAMA FREITAS ZANINI (M) Examinador Interno

Resumo: Os cães de busca, resgate e salvamento possuem grande importância social por sua ajuda na localização de pessoas vivas e/ou mortas nos diversos tipos de ocorrências. Para executarem essas atividades os animais precisam estar Cães militares são frequentemente submetidos a atividades extenuantes que exigem alta atividade metabólica. Traçar o perfil da adaptação fisiológica desses animais ao exercício permite ao treinador trabalhar com maior segurança, bem como adaptá-los de acordo com a performance individual. Entretanto, para projetar um treinamento físico ideal para esses animais é necessário entender as mudanças que ocorrem nos parâmetros fisiológicos durante a modalidade de atividade desenvolvida. Assim, objetivou-se traçar o perfil de troponina I cardíaca (cTnI), lactato e glicose, bem como acompanhar variações de frequência cardíaca (FC) e verificar as alterações eletrofisiológicas cardíacas induzidas pelo exercício em cães do Corpo de Bombeiro Militar do Espírito Santo (CBM-ES). Para tanto, cinco animais pertencentes à equipe
K9 do CBM-ES foram submetidos a um treinamento de busca, resgate e salvamento com duração de 60 minutos em uma área de floresta de aproximadamente 50.000m². As variáveis alvo deste estudo foram avaliadas em diferentes momentos. A FC, glicose e lactato foram avaliados antes, durante e em diversos momentos após a atividade, ao passo que o ECG e a cTnI foram avaliados antes e após o exercício, em diferentes momentos. Não houve diferença significativa nos valores de glicose entre o momento
pré exercício e os demais tempos de avaliação. O lactato aumentou significativamente ao final do exercício, e diferenças significativas também foram observadas aos trinta minutos e sessenta minutos de recuperação. Os níveis de troponina aumentaram após a atividade física e manteve-se elevada por até quatro horas pós atividade. Com doze horas pós atividade os níveis de cTnI começaram a decair, permanecendo com esse comportamento até vinte e quatro horas após o fim do exercício. Em relação à FC observou-se ausência de diferença significativa nos valores comparados com a FC basal dos animais. No entanto, no momento 60’EXERC observou-se maior frequência cardíaca média, sendo que no momento 15’RECUP os valores obtidos encontravamse próximos aos basais. O exame eletrocardiográfico revelou aumento de duração de
onda P em todos os momentos avaliados e ligeiro aumento de intervalo QRS nos momentos PRÉ, 60’EXERC, 30’RECUP e 60’RECUP, bem como aumento de onda T nos momentos 60’EXERC, 15’RECUP e 60’RECUP. Os resultados obtidos na presente pesquisa indicam que os animais estão adaptados ao exercício físico na intensidade e duração em que foi praticado, assim como sofrem sobrecarga atrial emfunção do treinamento de busca, resgate e salvamento.

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