IDENTIFICAÇÃO DA MICROBIOTA ESOFÁGICA E SUA PROVÁVEL ASSOCIAÇÃO COM LESÕES CASEOSAS OBSTRUTIVAS EM TARTARUGAS-VERDES (Chelonia mydas)

Nome: ADRIANO LIMA STELZER BINDACO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 19/02/2020
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
LOUISIANE DE CARVALHO NUNES Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
GABRIEL DOMINGOS CARVALHO Examinador Externo
JANKERLE NEVES BOELONI Examinador Interno
LOUISIANE DE CARVALHO NUNES Orientador

Resumo: A ocorrência de lesão caseosa no esôfago de tartarugas-verdes (Chelonia mydas) da costa do Brasil tem sido descrita como de caráter obstrutivo e pode causar a morte dos animais. No entanto, sua etiologia ainda permanece pouco esclarecida. Objetivou-se caracterizar a microbiota esofágica das tartarugas-verdes (C. mydas) da costa brasileira e verificar sua possível participação na etiologia das lesões caseosas. Foram utilizados 42 animais, 33 vivos e saudáveis e nove mortos naturalmente que apresentavam lesão esofágica, provenientes de Anchieta e Piúma, Espírito Santo, nos quais foram feitos testes microbiológicos e avaliação morfológica do esôfago. Foram isolados 14 agentes bacterianos diferentes nas amostras de animais saudáveis, com prevalência de Pseudomonas aeruginosa (36,36%), Staphylococcus aureus (33,33%), Aeromonas hydrophila (27,27%) e Vibrio alginolyticus (24,24%). Nos animais mortos, foram isolados apenas três agentes distintos, S. aureus, A. hydrophila e V. alginolyticus. A avaliação morfológica revelou predominância da lesão em junção gastroesofágica, com distribuição multifocal a coalescente, intensidade discreta e ausência de obstrução. Observou-se ainda ulceração e exsudato caseoso, infiltrado inflamatório, ovos de parasitos e células gigantes do tipo corpo estranho, além de grumos bacterianos e de alterações glandulares, como necrose, adenite e fragmentos de parasitos adultos. Houve correlação positiva dos grumos bacterianos com cultivo microbiológico e negativa dos grumos bacterianos e cultivo microbiológico com parasitos. Assim, nota-se que a microbiota esofágica de C. mydas é constituída predominantemente por bactérias Gram-negativas como P. aeruginosa, A. hydrophila e V. alginolyticus, além de diversas enterobatérias e por Gram-positivas, como S. aureus e esses agentes estão envolvidos na etiologia da esofagite caseosa.

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