Condições Higiênico-sanitário de Peixarias do Litoral Sul do Espírito Santo
Nome: PAULA SALVE GUIZARDI
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 31/03/2023
Orientador:
Nome | Papel |
---|---|
PEDRO PIERRO MENDONÇA | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
---|---|
ALEXANDRE CRISTIANO SANTOS JÚNIOR | Examinador Externo |
MARIA APARECIDA DA SILVA | Examinador Interno |
PEDRO PIERRO MENDONÇA | Orientador |
Resumo: As doenças transmitidas por alimentos causam prejuízos a saúde e a economia, tendo o tema segurança alimentar importante destaque ao longo dos anos. O peixe por ser um alimento de fácil deterioração quando não manipulado de forma correta pode ser um agente de intoxicação alimentar. Em mercados e feiras livres este fato pode ser agravado devido a forma de venda e de manipulação inadequadas. Desta forma, o presente trabalho tem como objetivo avaliar aspectos da qualidade higiênico-sanitária das peixarias e
dos peroás (Balistes capriscus) vendidos em dois municípios do litoral sul do Espírito Santo, no qual o município 1 apresenta o órgão de Sistema de Inspeção Municipal e município 2 não. Seis peixarias foram visitadas em outubro de 2022, onde foi realizada inspeção visual para boas práticas de fabricação e grau de frescor de peixes por meio de checklist, a partir do Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal, Portaria nº 368/1997 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da Resolução de Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) RDC Nº 275/2002. Também foram colhidas doze amostras do peixe peroá (Balistes capriscus) para análises microbiológicas dos microrganismos aeróbios mesófilos e psicrotróficos, coliformes totais e termotolerantes e Escherichia coli, Staphylococcus aureus e Samonella sp. e analisadas pelas técnicas de contagem padrão de aeróbios mesófilos e psicrotróficos, determinação do Número Mais Provável (NMP) de coliformes totais e termotolerantes, método de contagem direta em placas de Staphylococcus aureus, presença/ausência de Salmonella sp. Constatou-se, por meio da inspeção visual, a existência de pontos passíveis de contaminação dos peixes com risco de intoxicação alimentar. A análise microbiológica confirmou o que foi observado através do checklist, com crescimento de microrganismos aeróbios mesófilos e psicrotróficos, coliformes totais, E coli e Salmonella sp. indicadores de falhas de higiene durante o processamento do peroá, tornando-os impróprios para consumo. É importante capacitar os comerciantes,
priorizando as boas práticas de fabricação e conscientizando a população para exigir produtos de qualidade.