Avaliação do efeito da doxiciclina sobre a diferenciação osteogênica in vitro de células-tronco mesenquimais da medula óssea de ratas.
Nome: MÁRCIO PHILLIP ANDRADE CORREIA
Data de publicação: 17/01/2024
Banca:
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Papel |
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ANDERSON BARROS ARCHANJO | Examinador Interno |
NATALIA DE MELO OCARINO | Examinador Interno |
Resumo: Estudo prévio
verificou que doxiciclina reverteu parcialmente osteoporose em ratas. Mas, não se sabe se a doxiciclina poderia ter efeito sobre a formação de matriz óssea durante diferenciação osteogênica de CTM-MO de ratas, sendo este o objetivo deste estudo.
Foram extraídas células-tronco da medula óssea de ossos longos de 4 ratas e foram cultivadas em meio de indiferenciação até a confluência de 80% e depois em meio de diferenciação osteogênica, acrescido ou não de doxiciclina. Constituindo-se cinco
grupos: controle, 1, 5, 10 e 25 g/mL de doxiciclina. Após 7, 14 e 21 dias de diferenciação foram avaliados: viabilidade celular por Azul de Tripan previamente a montagem, morfologia celular, número de células/campo e número de núcleos
picnóticos em HE, análise da área média de cobertura em m² dos nódulos minerais em Vermelho de Alizarina, avaliação da atividade de fosfatase alcalina (BCIP/NBT), viabilidade celular por MTT e quantificação relativa da expressão de Runx2 e
colágeno 1. As análises estatísticas para todos os resultados foram realizadas por ANOVA e Teste de Turkey a 5%. Resultados: A viabilidade celular pelo Azul de Tripan foi superior a 90%. Na redução do MTT aos 7 dias foi maior no controle em
relação aos demais e ao analisar entre os tempos, aos 21 dias todos os grupos foram superiores aos 7 dias. De uma forma geral, os grupos com doxiciclina foram superiores ao controle em relação ao FA e foram tiveram maior atividade aos 21
dias. A contagem de células foi superior aos 7 dias no grupo controle em relação ao todos os outros grupos e permaneceu sem diferenças ao longo do tempo. Aos 21 dias o grupo adicionado de 5 g/mL foi superior a todos os demais. De uma forma
geral a contagem de núcleos picnóticos aumentou ao longo do tempo. Na comparação da cobertura dos nódulos, na comparação entre grupos 5g/mL apresentou os melhores resultados em todos os tempos. Enquanto entre os tempos,
aos 21 dias foram superiores aos demais. A expressão relativa de Runx 2 foi inferior somente no grupo adicionado com 25 g/mL de doxiciclina em relação ao controle aos 21 dias. Enquanto ao longo do tempo apenas no controle houve aumento de
expressão aos 21 dias. Para o colágeno 1 todos os grupos com doxiciclina foram superiores ao controle aos 14 e 21 dias. E, ao longo do tempo, apenas 5 g/mL teve queda na expressão de 14 para 21 dias. Discussão: A viabilidade prévia a
montagem não enviesou o estudo. Houve efeito inibitório inicial caracterizado pela menor redução do MTT aos 7 dias nos grupos com adição de doxiciclina. A produção de FA, nódulo mineral e colágeno 1 foi maior nos grupos com adição de doxiciclina aos 21 dias, caracterizando melhor diferenciação osteogênica. A via do Runx 2 de uma forma geral não foi afetada pela droga e por tanto, outras vias devem ser estudadas quanto a atuação da droga. Conclui-se que a doxiciclina potencializa,
de maneira concentração dependente, a diferenciação osteogênica de CTM-MO de ratas, pois aumenta a atividade da fosfatase alcalina, a formação de nódulos de mineralização e a expressão de Col 1.