Perfil produtivo e endoparasitário da bovinocultura leiteira do município de Alegre – ES: uma análise multivariada

Nome: RAFAEL ASSIS TORRES DE ALMEIDA

Data de publicação: 09/07/2024

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ISABELLA VILHENA FREIRE MARTINS Examinador Interno
MARCO TULIO COSTA ALMEIDA Presidente
RAFAEL OTAVIANO DO REGO Examinador Externo
RODRIGO DE NAZARÉ SANTOS TORRES Coorientador
YURI BARBOSA GUERSON Examinador Externo

Resumo: ALMEIDA, RAFAEL. Perfil produtivo e endoparasitário da bovinocultura
leiteira do município de Alegre – ES: uma análise multivariada. 2024. 70p.
Dissertação (Mestrado em Ciências Veterinárias) - Centro de Ciências Agrárias
e Engenharias - CCAE, Universidade Federal do Espírito Santo - UFES, Alegre,
ES, ANO. RESUMO: A produção de leite está em constante evolução, mas
diversos obstáculos podem impactar negativamente a rentabilidade da atividade
se não forem identificados e tratados adequadamente. Este estudo teve como
objetivo avaliar o perfil produtivo e a prevalência de endoparasitas em rebanhos
leiteiros em Alegre/ES, Brasil, focando em dados socioeconômicos, práticas de
manejo e resultados de produção. Os dados foram coletados por meio de um
questionário estruturado, abrangendo demografia das fazendas, práticas de
manejo (nutrição, saúde, reprodução) e especificidades da produção de leite,
além de análises coproparasitológicas. Utilizou-se estatística descritiva e Análise
de Componentes Principais (PCA) para identificar os principais fatores que
influenciam a pecuária leiteira na região. A maioria das fazendas utilizava mão
de obra familiar (79%), com uso limitado de mão de obra contratada (7%). As
fazendas dedicadas exclusivamente à produção de leite apresentaram maiores
rendimentos diários de leite por vaca (106,57 ± 109,63 litros) em comparação
com fazendas mistas (66,42 ± 29,54 litros). O tamanho médio do rebanho foi de
50,6 ± 39,6 animais por fazenda, com 30,6% sendo vacas lactantes que
produziam 96,5 ± 97 litros de leite diariamente. A raça predominante era
Girolando (cruzamento entre Gir e Holandês). Apenas 46% dos produtores
recebiam assistência técnica, principalmente de fontes privadas e cooperativas
de leite. A rotação de pastagens era praticada por 70% das fazendas,
influenciando a produtividade do leite. O estudo destaca a importância
socioeconômica da pecuária leiteira em áreas rurais de Alegre-ES, enfatizando
a prevalência de operações familiares e o uso de biotecnologias reprodutivas
para aumentar a produtividade. Desafios como a assistência técnica limitada e a
variação na eficiência da produção de leite entre os tipos de fazendas
evidenciam oportunidades para intervenções direcionadas a melhorar a
sustentabilidade e a rentabilidade na pecuária leiteira. Foram analisadas 31
fazendas e coletadas 97 amostras fecais de bovinos adultos de raça mista. Entre
essas fazendas, 26 eram exclusivamente leiteiras e 5 eram mistas de leite e
carne. Os resultados revelaram uma maior carga de ovos de helmintos e oocistos
por grama em bovinos jovens, particularmente em fazendas leiteiras. A
prevalência geral de helmintíase foi de 64%, com infecções classificadas como
leves (81 ± 39 ovos), moderadas (378 ± 140 ovos) e severas (4406 ± 4199 ovos).
Ovos de Strongylidea foram detectados em 77% das fazendas, Trichuris sp. em
6%, Moniezia sp. em 13% e Ascaridae em 13%. A coccidiose foi encontrada em
74% das fazendas, frequentemente associada a ovos de helmintos (77,4%) e
animais jovens (68%). A presença de Fasciola hepatica foi identificada em 16,1%
das fazendas. O levamisol foi o anti-helmíntico mais comumente utilizado (73%).
Variáveis como ovos por grama, oocistos por grama, número de animais e área
da fazenda influenciaram significativamente os resultados. Houve uma 7
correlação positiva entre a contagem de ovos e a estação chuvosa, indicando
que estratégias de manejo aprimoradas são necessárias para controlar
eficazmente a parasitose.

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