FARINHA DE INSETOS: COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL E EFEITOS DA SUA INCLUSÃO EM DIETAS PARA TAMBACU

Nome: PAOLA DE OLIVEIRA SANTOS

Data de publicação: 27/08/2024

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
JOSE GERALDO DE VARGAS JUNIOR Examinador Interno
PEDRO PIERRO MENDONCA Presidente
RAPHAEL PIRES BOLZAN Examinador Externo
THIAGO VASCONSELOS MELO Examinador Externo

Resumo: DE OLIVEIRA SANTOS, PAOLA. Farinha de Insetos: Estudo da composição e efeitos da sua inclusão em dietas para tambacus. 2024. Dissertação (Mestrado em Ciências Veterinárias) - Centro de Ciências Agrárias e Engenharias - CCAE,
Universidade Federal do Espírito Santo - UFES, Alegre, ES, 2024. RESUMO: Os insetos representam uma parte significativa da biodiversidade do planeta e desempenham um papel importante tanto nos ecossistemas terrestres quanto
aquáticos. Devido ao seu potencial como fonte de proteínas nutritivas e sustentáveis, os insetos, além de serem úteis em suas espécies ecológicas, têm despertado interesse em vários campos, como a alimentação humana e animal. Os insetos são
uma fonte natural de proteínas, lipídios e outros nutrientes necessários para que os peixes cresçam saudáveis. Além disso, em comparação com as farinhas de peixe e outros ingredientes tradicionais, sua produção requer menos recursos naturais, o que
reduz a pressão sobre os ecossistemas aquáticos. Sendo assim o objetivo deste trabalho foi de analisar nutricionalmente as farinhas de insetos e seus impactos na alimentação de juvenis de tambacu. Foram selecionados três insetos, sendo eles: a
barata de madagascar, a mosca soldado negro e o tenébrio molitor. Estes insetos foram desidratados e moídos para obtenção de uma farinha, esta farinha foi submetida a analises bromatológicas e foi utilizada para a formulação de rações contendo 36%
de proteína bruta e 3,6 Mcal.Kg^-1 de energia bruta. As rações foram testadas em experimento de desempenho zootécnico de juvenis de tambacu, para isto foi montado um sistema experimental de aquários com sistema central de filtragem tipo sump.
Foram formuladas 4 rações com diferentes formulações uma ração convencional (T1) sem inclusão de farinha de insetos, (T2) uma contendo farinha de mosca soldado negro, (T3) uma contendo farinha de tenébrio, (T4) uma contendo farinha de barata
de madagascar. A inclusão de farinha de inseto foi feita em 20%. O experimento teve duração de 45 dias e neste período os animais foram alimentados 3 vezes ao dia. Ao final deste período foi realizada uma biometria e coleta de dados para calculo das
variáveis de desempenho e posterior submissão aos testes estatísticos, ANOVA e teste de Tukey a 5%. Os resultados obtidos mostraram que a barata de madagascar possui maiores níveis de proteína bruta e extrato etéreo m comparação aos demais
insetos contendo 56,3% de proteína bruta e 34,55% de extrato etéreo, a mosca soldado negro apresentou os menor valor para proteína (39,07%) e extrato etéreo (34,57%). Já no desempenho os melhores resultados encontrados foram para os
tratamentos com mosca soldado negro que apresentou melhor conversão alimentar (1,09) e melhor taxa de crescimento específico (6,47). As melhores taxas de eficiência proteica e eficiência energética foram observadas para mosca soldado negro e o controle ambas apresentando resultados iguais estatisticamente. Em relação a digestibilidade não foi encontrada diferença significativa para nenhum parâmetro. A partir dos resultados obtidos conclui-se que os insetos utilizados são uma fonte
promissora de nutrientes para compor rações de peixes, porém a forma como são produzidos deve ser padronizada para que sua composição tenha níveis menos discrepantes de nutrientes. Também foi possível concluir que as farinhas de insetos
testadas não influenciaram na digestibilidade da ração. Conclui-se também que para o desempenho de juvenis de tambacu a farinha de mosca soldado negro apresentou o melhor resultado para inclusão na ração.

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