Aferição do Perfil Metabólico em Dois Grupos Genéticos de Vacas
primíparas Holandês x Gir em Dois Períodos da Lactação no Período da Seca
nos Trópicos

Nome: RAPHAEL PIRES BOLZAN
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 30/08/2010

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
AUGUSTO CÉSAR DE QUEIROZ Orientador
DEOLINDO STRADIOTTI JÚNIOR Orientador
OLAVO DOS SANTOS PEREIRA JÚNIOR Examinador Interno

Resumo: O Perfil Metabólico (PM) é utilizado de maneira confiável para avaliar o estado nutricional do animal, podendo ser usado para monitorar a adaptação metabólica, diagnosticar desequilíbrios da homeostase de nutrientes e revelar as causas da manifestação das doenças nutricionais, também conhecidas como doenças metabólicas. No Brasil, a utilização de cruzamentos de raças européias especializadas na produção de leite com raças zebuínas adaptadas às condições
tropicais, contribui significativamente na produção leiteira do país. Entretanto, os estudos do PM de vacas leiteiras são direcionados principalmente para as raças puras, geralmente presentes em regiões de clima temperado e subtropical. Por meio da revisão bibliográfica, buscou-se descrever aspectos importantes sobre as condições particulares da produção leiteira nos trópicos, a importância dos
marcadores bioquímicos utilizados na avaliação do PM, bem como os principais metabólitos utilizados para avaliar o PM protéico, e, com a pesquisa, aferir os valores e avaliar o comportamento dos marcadores bioquímicos protéicos em dois grupos genéticos de vacas primíparas holandês x gir, em dois períodos da lactação, no período da seca, nos trópicos. O experimento foi realizado no município de Passos MG. Utilizou-se dados coletados nos meses de maio e agosto de 2009,
referente ao período da seca na região. O rebanho foi composto por 45 vacas ½ Holandesa x ½ Gir (½ HG) com produção leiteira média de 13,8 kg/vaca/dia e 39 vacas ¾ Holandesa x ¼ Gir (¾ HG) com produção leiteira média de 16,3 kg/vaca/dia, todas primíparas, com escore de condição corporal inicial entre 2,5 e 3,0 pontos, não variando mais que 0,5 pontos. Concentrou-se os estudos em dois períodos da lactação, de 28 a 60 dias (P1 da lactação) e de 110 a 130 dias (P2 da lactação). A dieta foi composta por ração total. Foram analisados os indicadores
bioquímicos do perfil metabólico protéico por meio da quantificação da uréia, albumina, proteínas totais, hemoglobina e globulinas. Utilizou-se a estatística descritiva para obtenção de médias, desvio padrão e coeficiente de variação, analisados pelo t de Student, com nível de significância de 5%, para se estabelecer possíveis diferenças entre os períodos de lactação e os grupos genéticos. Houve diferença significativa (P<0,05) dos dias em lactação sobre os teores séricos de
uréia e albumina para as primíparas ½ e ¾ HG, do P1 para o P2 da lactação. Para efeito do grau genético, não se observou diferença significativa (P>0,05) para a uréia, enquanto para a albumina, foi observado diferença significativa (P<0,05) apenas no P2 da lactação, podendo presumir a existência de possíveis diferenças na capacidade de recuperação dos teores séricos de albumina entre grupos genéticos. Em manejo onde a ingestão protéica não foi limitante, obteve-se intervalos de normalidade para animais cruzados ½ e ¾ HG mais restritos que os
intervalos propostos pela literatura científica para a espécie bovina. Os teores séricos de uréia observados denotam ter havido subutilização de proteína da dieta no P1 da lactação.

Acesso ao documento

Acesso à informação
Transparência Pública

© 2013 Universidade Federal do Espírito Santo. Todos os direitos reservados.
Alto Universitário, s/nº - Guararema, Alegre - ES | CEP 29500-000