AVALIAÇÃO do Farelo Integral de Pimenta Rosa (Schinus terebinthifolius Raddi) Como Promotores de Produção na Dieta de Frangos de Corte

Nome: FABIANO GOMES GONÇALVES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 24/03/2011
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
SURAMA FREITAS ZANINI (M) Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
JOSÉ GERALDO DE VARGAS JUNIOR Examinador Interno
SURAMA FREITAS ZANINI (M) Orientador

Resumo: Os objetivos desta pesquisa foram avaliar, num primeiro experimento, a composição química-bromatológica do farelo integral de pimenta rosa (FIPR) e sua utilização na dieta de frangos de corte com base no desempenho e função hepática. Num segundo experimento objetivou-se avaliar o uso do farelo integral de pimenta rosa (FIPR) associado ou não a antibióticos promotores de produção sobre o desempenho, características morfométricas do intestino e sobre a função hepática em frangos de corte. No primeiro experimento utilizou-se 396 pintos machos, Cobb de um dia de idade distribuídos em um delineamento inteiramente casualizado com três tratamentos e seis repetições, com 22 aves por unidade experimental, constituídos pelos grupos: controle negativo (CN) Dieta basal sem antibióticos e sem FIPR; controle positivo (CP) Dieta basal com antibiótico bacitracina de zinco 15% (45 mg/kg) e salinomicina 12% (67 mg/kg) e dieta basal com 1,2% de FIPR. Foi determinada a concentração de compostos fenólicos em todas as dietas experimentais, bem como no farelo integral. Quanto à composição química do FIPR verificou-se que os teores de extrato etéreo, fibra bruta, cálcio, fenóis totais, taninos totais e taninos condensados foram superiores aos encontrados no milho, sendo que os demais nutrientes como a proteína bruta e o fósforo tiveram valores próximos aos observados neste grão. Não houve diferença (P>0,05) entres os tratamentos no desempenho animal. O FIPR reduziu (P<0,05) as concentrações das enzimas alanina aminotransferase (ALT) e gama glutamiltranserase (GGT) aos 21 e 41 dias de idade, respectivamente, comparado ao CN, sem comprometer o ganho de peso. No segundo experimento utilizou-se 528 pintos machos, Cobb de um dia de idade distribuídos num delineamento inteiramente casualizado com seis tratamentos e quatro repetições constituídos pelos grupos T1: Controle Negativo (CN) - Dieta basal sem FIPR e sem antibióticos; T2: Controle Positivo (CP) - Dieta Basal com 1,2% FIPR; T3: CP + 11ppm bacitracina e 17ppm salinomicina; T4: CP + 22ppm bacitracina e 34ppm salinomicina; T5: CP + 33ppm bacitracina e 51ppm salinomicina; T6: CP + 45ppm bacitracina e 67ppm salinomicina. Aos 21 dias de idade verificou-se efeito (P<0,05) dos tratamentos sobre os valores médios da AST (aspartato aminotransferase) sendo que as aves alimentadas com FIPR associado com as mais altas adições de antibióticos tiveram valores elevados desta enzima comparada aos demais. As concentrações séricas das enzimas AST, ALT e GGT
nos frangos alimentados com 1,2% de FIPR não diferiram do controle negativo aos 41 dias de idade. No período de 1-43 dias de idade, observou-se que adição de FIPR com ou sem antibiótico reduziu (P<0,05) o consumo e melhorou a conversão alimentar comparado com CN. Verificou-se que os frangos alimentados com FIPR associado aos antibióticos, em valores acima de 22mg/kg de bacitracina de zinco e 34mg/kg de salinomicina, tiveram maiores alturas de vilosidades intestinais que o CN. Concluiu-se que a substituição de 1,2% do milho pelo farelo integral de pimenta rosa não reduziu os índices zootécnicos e que sua utilização em substituição aos antibióticos não reduziu a performance animal mantendo a viabilidade e o fator de produção. A adição de 1,2% FIPR não comprometeu a função hepática e a inclusão de elevadas dosagens de antibióticos associado ao farelo na dieta resultou em disfunção hepática.

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