Helmintofauna de Chelonia mydas (Linnaeus, 1758) no sul do Estado do Espírito Santo e descrições de lesões teciduais.

Nome: ÉRIKA BINOTI
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 09/02/2015
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ISABELLA VILHENA FREIRE MARTINS Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
EULÓGIO CARLOS QUEIROZ DE CARVALHO Examinador Externo
ISABELLA VILHENA FREIRE MARTINS Orientador
JANKERLE NEVES BOELONI Examinador Interno
LOUISIANE DE CARVALHO NUNES Examinador Interno

Resumo: Dentre as espécies de tartarugas marinhas existentes, todas estão classificadas em algum grau de extinção, inclusive as cinco espécies que ocorrem na costa brasileira. As ameaças são várias, incluindo a ação antrópica, e dentre as enfermidades que as fazem aparecer mortas ou debilitadas nas praias, está o parasitismo. Devido a falta de conhecimento acerca dos patógenos que acometem esses animais, objetivou-se com este estudo avaliar a helmintofauna das tartarugas marinhas da espécie Chelonia mydas que vieram a óbito no litoral Sul do Estado do Espírito Santo e descrever as lesões teciduais nos animais parasitados. Foi realizado um estudo retrospectivo utilizando 212 fichas das tartarugas que foram necropsiadas. E um estudo prospectivo, onde das 212 tartarugas, 50 parasitadas foram selecionadas para coleta de amostras de parasitos, e 16 para coleta de amostra de tecidos. Um total de 106 tartarugas apresentou uma ou mais espécies de parasitos. Foram identificados 21 espécies diferentes e um gênero de trematódeos distribuídos em nove famílias. Dentre as espécies identificadas, três delas são relatadas pela primeira vez na costa brasileira, Deuterobaris intestinalis, Enodiotrema reductum e Rhytidodoides similis. Não houve associação significativa do parasitismo com os animais debilitados. Dos tecidos avaliados no exame histopatológico, foram observados ovos de trematódeos, associados ou não a células gigantes, em vários órgãos, principalmente em baço e pulmões. No entanto, as lesões por ovos não foram relacionadas à debilidade ou morte dos animais e não foi possível afirmar que os ovos pertenciam à família Spirorchiidae, devido as lesões serem crônicas e os parasitos adultos desta família não terem sido encontrados em todos os animais que apresentaram os ovos nos tecidos. Estes resultados contribuem de forma importante para o conhecimento da fauna helmintológica das tartarugas marinhas da costa do Espírito Santo.

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