Efeito do protocolo de pré-sincronização em vacas mestiças no período pós-parto.

Nome: ÍTALO CAMARA DE ALMEIDA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 26/02/2015

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
FABRÍCIO ALBANI DE OLIVEIRA Coorientador
GRAZIELA BARIONI Examinador Interno
JEANNE BROCH SIQUEIRA Orientador

Resumo: Objetivou-se avaliar a eficiência do protocolo hormonal de pré-sincronização a base de progesterona e estradiol em vacas mestiças, leiteiras, lactantes, primíparas e multíparas, no início do pós-parto, quanto a dinâmica folicular e a eficiência reprodutiva. Foram utilizadas 92 vacas entre 30 a 90 dias pós-parto, distribuídas ao acaso em dois grupos experimentais, controle (GC) e tratamento (GT). No GC os animais foram submetidos apenas ao protocolo de inseminação artificial em tempo fixo (IATF), e no GT os animais foram submetidos a um protocolo hormonal para a pré-sincronização antes da IATF. Para o GC foram utilizadas 45 vacas, sendo seis para análise da dinâmica folicular e 39 para avaliação da eficiência reprodutiva, e seguiu-se com o protocolo hormonal: no dia zero (D0): inserção de dispositivo intravaginal de progesterona (DIV P4) novo e aplicação intramuscular (IM) de 2 mg de benzoato de estradiol (BE); D8: retirada do DIV P4, aplicação IM de 300 UI de gonadotrofina coriônica equina (eCG) e aplicação IM de 0,15 mg de cloprostenol sódico (prostaglandina); D9: aplicação IM de 1 mg de BE e; D10: IATF dos animais. Para o GT foram utilizadas 47 vacas, sendo oito para análise da dinâmica folicular e 39 para detecção da taxa de prenhez, e seguiu-se com o protocolo hormonal de pré-sincronização hormonal: dia menos dezenove (D-19): inserção DIV P4 previamente utilizado (4º uso) e aplicação IM de 2 mg de BE; D-11: retirada do DIV P4 e aplicação IM de 1 mg BE; decorridos 11 dias da retirada do DIV P4 previamente utilizado, iniciou-se o protocolo para a IATF dos animais, com protocolo idêntico ao utilizado para o GC. Os exames de ultrassonografia referentes a dinâmica folicular, foram realizados nos dias 0, 8 e à partir do dia da IATF (D10), de 12 em 12 horas até a determinação da ovulação pela ausência do folículo dominante. Decorridos 30 dias da IATF, estimou-se a taxa de prenhez por meio de exame de ultrassonografia. Os dados foram analisados no programa estatístico SAS, a 5% de probabilidade. Não houve diferença significativa (p˃0,05) na média do número de folículos nos dias 0, 8 e 10 entre os tratamentos. Não houve diferença significativa (p˃0,05) para a taxa de
crescimento folicular, que foi de 1,8 ± 0,24 e 0,79 ± 0,35 mm / dia para os grupos GT e GC, respectivamente. Não houve efeito do tratamento (p˃0,05) para o diâmetro do folículo dominante no momento da IATF, sendo 12,5 ± 1,61 mm para o grupo tratamento e 11,9 ± 2,26 mm para o grupo controle. Não houve efeito dos tratamentos (p˃0,05) sobre o intervalo entre a retirada do dispositivo de progesterona e a ovulação dos grupos GT (65h25min ± 8h13min) e GC (66h ± 10h03min), e também da ovulação a IATF, que foi de 14h15min ± 7h,36min e 15h06min ± 9h04min para os grupos GT e GC, respectivamente. Não houve efeito dos tratamentos (p˃0,05) sobre a taxa de ovulação e de prenhez, que foi de 88,8% e 53,84%, respectivamente para o GT e 75% e 38,46%, respectivamente para o GC. Houve diferença significativa (p˂0,05) na taxa de prenhez entre as vacas primíparas (23,07%) e multíparas (69,23%) para o GT. Conclui-se que o uso do protocolo de pré-sincronização em vacas mestiças no início do pós-parto não apresentou diferenças acentuadas nos padrões avaliados. As vacas multíparas obtiveram taxa de prenhez superior as vacas primíparas. A taxa de prenhez das vacas do grupo pré-sincronização foi considerada satisfatória, acima dos 50% para protocolos de IATF.

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