Caracterização morfológica e histoquímica de fígados bovinos com fasciolose crônica

Nome: FABIANA MARIA DO AMARAL BRAVO DE PAULA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 21/02/2014
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
LOUISIANE DE CARVALHO NUNES Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ALESSANDRE HATAKA Examinador Externo
JANKERLE NEVES BOELONI Examinador Interno
LOUISIANE DE CARVALHO NUNES Orientador

Resumo: A fasciolose bovina produz danos graves ao fígado e é causada pelo parasito Fasciola hepatica. Objetivou-se caracterizar as alterações morfológicas e histoquímicas do tecido hepático em bovinos com fasciolose crônica, bem como, identificar os focos de metaplasia. Foram coletados 47 fígados de bovinos condenados por fasciolose e 12 fígados normais utilizados para controle, no matadouro frigorífico de Atílio Vivacqua, ES. Foi feita a contagem de parasitos e coleta de cinco fragmentos de cada lobo, direito e esquerdo, dos fígados acometidos pela enfermidade, totalizando 235 amostras por lobo. O grupo controle foram coletados apenas um fragmento por fígado. Todo material foi fixado em formol a 10% e submetido ao processamento histológico e coloração por HE e PAS. Foi feita a análise microscópica com base na distribuição da fibrose em graus 1, 2 e 3 e no tipo e intensidade do infiltrado inflamatório, seguida da avaliação dos focos de metaplasia. A avaliação estatística foi feita pelo método descritivo e pelo teste de Mann-Whitney com 5% de probabilidade. Não foi verificada diferença entre o número de parasitos por lobo hepático, porém o lobo esquerdo apresentou maior intensidade parasitária. A fibrose foi observada em todas as amostras prevalecendo a de grau 1. Houve diferença significativa entre fígados com F. hepatica e fígados normais quanto ao grau de fibrose, tanto para o lobo direito quanto para o esquerdo e entre estes. O infiltrado inflamatório revelou predominância de células mononucleadas de intensidade discreta. Houve diferença entre a intensidade do infiltrado inflamatório entre os lobos direito e esquerdo do fígado. A presença de eosinófilos também foi verificada, porém em menor quantidade. Em relação aos focos de metaplasia observou-se que 53,19% das amostras do lobo direito apresentaram estas
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alterações enquanto que, no lobo esquerdo, este percentual foi de 57,45%, entretanto, não foram encontradas diferenças significativas entre a ocorrência de metaplasia entre os lobos direito e esquerdo. Foi observada maior prevalência de produção de muco em intensidade discreta e moderada, no entanto, não houve diferença entre a quantidade de muco produzida entre os lobos hepáticos. Conclui-se que a fibrose é alteração mais marcante em fígados cronicamente infectados por F. hepatica sendo mais evidente no lobo hepático esquerdo. O infiltrado inflamatório foi predominantemente mononuclear e discreto e também mais prevalente no lobo esquerdo. Os focos de metaplasia estão presentes nos fígados com fasciolose crônica e possuem diferença na intensidade de muco produzido.

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