Influência da alimentação no bem-estar de papagaios (Amazona aestiva Linnaeus, 1758) (Aves, Psittacidae) em gaiolas

Nome: BIANCA CARDOZO AFONSO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 22/02/2016

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CAROLINA DEMETRIO FERREIRA Examinador Interno
FÁBIO FERREIRA DE QUEIROZ Orientador
KARINA PREISING APTEKMANN Orientador

Resumo: Problemas comportamentais são muito comuns em papagaios mantidos como
animal de estimação, devido ao estresse causado pela desnutrição e pela privação de comportamentos naturais, como o de forrageamento. Dessa forma, objetivou-se com este estudo verificar se a alimentação variada e balanceada, associada ou não ao enriquecimento alimentar, proporciona uma melhora no bem-estar de papagaios (Amazona aestiva) em gaiolas, que apresentam comportamentos anômalos decorrentes do estresse crônico. Foram utilizados 16 papagaios adultos que apresentavam pelo menos um comportamento anômalo. As aves foram mantidas em gaiolas individuais e submetidas a três fases experimentais, com cinco semanas de duração cada: Fase A, oferecimento de dieta pobre e desbalanceada a base de semente de girassol; Fase B, dieta variada e balanceada a base de ração, frutas e verduras; e Fase C, dieta balanceada e variada associada ao enriquecimento alimentar. Foram realizadas observações comportamentais durante quatro horas diárias, duas vezes por semana, com registro do tempo gasto com cada atividade. Os dados foram analisados quanto à normalidade pelo teste DAgostino. A porcentagem de tempo gasta com cada categoria de comportamento foi comparada por meio da Análise da variância e post-hoc de Tukey (α= 0,01) para dados paramétricos, e por meio do teste de Kruskal-Wallis e post-hoc de Dunn (α= 0,05) para dados não-paramétricos. Houve redução significativa da exibição de comportamentos anômalos da Fase A para as Fases B e C, de 34,08% para 18,53% e 9,87%, respectivamente; e aumento significativo dos comportamentos alimentares (A- 26,41%; B- 37,44%; C- 42,9%) e de locomoção (A- 1,61%; B- 3,00%; C- 4,36%) nas Fases B e C, comparados com a Fase A. O tempo gasto com os comportamentos de manutenção, vocalização e outros não apresentou diferença significativa entre as três fases. Conclui-se que a dieta balanceada e variada, independente da utilização do enriquecimento alimentar, é eficiente para reduzir comportamentos anômalos em papagaios mantidos em gaiolas. Essa dieta, quando 5 associada ao enriquecimento alimentar, promove uma melhora ainda mais significativa.

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