Leguminosas alternativas como fontes proteicas na alimentação de suínos

Nome: AMANDA APARECIDA LACERDA BULIAN
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 27/02/2015

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
GISELE RODRIGUES MOREIRA Examinador Interno
MARCOS OLIVEIRA DE PAULA Orientador
MARIANA DURAN CORDEIRO Examinador Externo

Resumo: A pesquisa foi realizada com o objetivo de verificar a eficiência da tostagem das leguminosas feijão de porco (Canavalia ensiformis), feijão guandu (Cajanus cajans) e mucuna preta (Stilozobium aterrimum) na inativação dos fatores antinutricionais,avaliar a substituição parcial das mesmas pelo farelo de soja na alimentação de suínos nas fases de crescimento e terminação sobre os dados de desempenho e características de carcaça. Para o experimento um foi realizada a tostagem das sementes testando-se dois binômios de tempo-temperatura e posteriormente foram realizadas análises de umidade, proteína bruta (PB), cinzas e análise da atividade ureárica. O segundo experimento foi conduzido no setor de suinocultura do Instituto Federal do Espírito Santo (IFES) - Campus de Alegre - ES. Foi utilizado um delineamento inteiramente casualizado com arranjo fatorial 3x3, totalizando 9 tratamentos com 7 repetições cada, cuja unidade experimental foi representada por cada animal. Os fatores foram compostos pelos tipos de leguminosas e níveis de inclusão das mesmas na dieta, em substituição ao farelo de soja. Os parâmetros de desempenho avaliados foram o consumo de ração, o ganho de peso, a conversão alimentar além das características de carcaça. Em relação à composição químicadas sementes de feijão de porco integral foram encontrados valores de 12,4% de umidade, 27,5% de proteína bruta, 2,92% de cinzas e 4255 Kcal/Kg de energia bruta. Para o feijão guandu os valores foram de 12% de umidade, 19,3% de proteína bruta, 3,25% de cinzas e 4250 Kcal/Kg de energia e para a mucuna preta foram de 11,9% de umidade, 25,2% de proteína bruta, 3,04% de cinzas e 4405 Kcal/Kg de energia. Em relação ao desempenho dos animais a substituição de 20% de feijão de porco apresentou ganho de peso médio diário de 0,446Kg, sendo este inferior (p<0,05) as demais leguminosas. Para o consumo de ração médio diário (CRMD) o feijão de porco no nível de 20% de inclusão também foi inferior (p<0,05) obtendo um CRMD de 8.300Kg/baia. Não houve diferença (p>0,05) entre os tratamentos para o parâmetro de conversão alimentar. Sobre as características de carcaça foram encontradas diferenças significativas (p<0,05) apenas para o peso da carcaça esquerda, comprimento de carcaça, peso do pernil e área de olho de lombo.Verificou-se sucesso no tratamento das leguminosas na eliminação dos fatores antinutricionais, por meio do teste de índice de atividade ureática e que a inclusão dos diferentes tipos de feijões nos níveis de 15% e 20% não afetou o desempenho quando comparado ao nível de 0%, exceto para o feijão de porco ao nível de 20% de substituição, resultando em boas características de carcaça. Em relação a análise econômica sugere-se o cultivo das mesmas nas propriedades rurais para que se torne viável economicamente.

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