MORFOLOGIA Placentária e Parâmetros Fisiológicos de Potros Neonatos da Raça Campolina.

Nome: MARCELA OLIVEIRA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 20/02/2017

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CARLA BRAGA MARTINS Orientador
GRAZIELA BARIONI Examinador Interno
LENIR CARDOSO PORFIRIO Examinador Externo

Resumo: A associação da avaliação de parâmetros fisiológicos, bioquímicos e hematológicos neonatais, a partir do momento do nascimento, juntamente com a avaliação macroscópica e morfológica da placenta são particularmente importantes para identificar precocemente e tratar prontamente os potros que sofreram com a disfunção placentária. Neste sentido, o presente estudo teve como objetivo avaliar a morfologia placentária e parâmetros fisiológicos, hematológicos e bioquímicos em potros recém-nascidos da raça Campolina. Foram acompanhados oito partos, e utilizados oito potros neonatos da raça Campolina de ambos os sexos, recémnascidos com até 48 horas de vida. Imediatamente após expulsão, as placentas foram avaliadas macroscopicamente. Em seguida, coletou-se e encaminhou-se para o exame histopatológico as amostras referentes ao corno gravídico, corno não gravídico, corpo do útero e estrela cervical. Os neonatos foram avaliados quanto ao estado geral, peso corporal, frequências cardíaca e respiratória, temperatura retal, coloração das mucosas oral e conjuntival, comportamento, tempo de preenchimento capilar da mucosa oral e reflexos neonatais de acordo com a escala de APGAR. Os parâmetros clínicos foram avaliados em três momentos: imediatamente após ao nascimento, 24 e 48 horas após. As amostras de sangue foram obtidas por venopunção da jugular, imediatamente, 12, 24 e 36 horas após o nascimento para mensuração da glicemia, determinação do lactato, em glicosímetro portátil, análises hematológicas com analisador hematológico e bioquímica sérica por espectofotometria. Os resultados obtidos foram analisados no programa GraphPad Instat versão 3.06. Para as variáveis paramétricas utilizou-se o teste te de student. Para as variáveis não paramétricas usou-se o teste de Kruskal-Wallis. Não houve alteração significativa na FC, FR e T(°C) nos momentos estudados. Os neonatos não apresentaram alterações comportamentais durante o período experimental. Uma placenta apresentou aparência rugosa e mais espessada na região do corno gravídico com presença de secreção mucóide marrom. Ao exame histopatológico observou-se presença de áreas de necrose focal na placenta com alterações visíveis. As demais placentas não apresentaram alterações macroscópicas e/ou histolopatológicas. Na avaliação bioquímica, as concentrações das proteínas séricas totais demonstraram aumento significativo (p<0,05) entre 0 e 36 horas de vida. Na avaliação da albumina sérica observou-se redução significativa (p<0,01) entre 0 e 24 horas de vida. Em relação a atividade da enzima fosfatase alcalina observou-se redução significativa (p<0,01) entre 0 e 36 horas de vida. As concentrações séricas da enzima aspartato aminotransferase foram significativamente (p<0,001) mais elevadas nos momentos 12, 24 e 36 horas em relação ao nascimento. As concentrações da ureia sérica foram significativamente menores nos momentos 24 (*p<0,05) e 36 horas (**p<0,01) em relação ao nascimento. Na avaliação da creatinina sérica, houve redução significativa da concentração nos momentos 12, 24 e 36 horas em relação ao nascimento (***p<0,001), observou-se diminuição significativa entre os momentos 12 e 36 horas de vida (*p<0,05). Na avaliação da glicemia foi observado aumento significativo (p<0,001) a partir das 12 horas, estabilizando dentro das 24 e 36 horas de vida. Com relação as concentrações séricas do lactato, notou-se diminuição significativa do nascimento para 24 horas. Os outros parâmetros avaliados não apresentaram diferenças significativas (p<0,05). Conclui-se que os potros estudados não apresentaram alterações nos parâmetros clínicos indicativos de comprometimento sistêmico no intervalo de 0 a 48 horas pósnascimento. As alterações observadas nos parâmetros fisiológicos e bioquímicos podem refletir apenas a adaptação neuroendócrina neonatal ao meio externo. As placentas foram eliminadas no tempo adequado. Apenas uma placenta apresentou áreas de com perda de função. O neonato referente a essa amostra placentária demonstrou resposta satisfatória frente as alterações observadas.

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