Comparação dos efeitos do flunixin meglumine, firocoxib e meloxicam no controle da inflamação após orquiectomia em equinos.

Nome: FRANCIELLI PEREIRA GOBBI
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 26/02/2018

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CARLA BRAGA MARTINS Orientador
GRAZIELA BARIONI Examinador Externo
JOSÉ DE OLIVEIRA CARVALHO NETO Examinador Interno
PAULA ALESSANDRA DI FILIPPO Coorientador

Resumo: O objetivo do presente estudo foi avaliar e comparar a ação analgésica e
antiinflamatória do flunixin meglumine, firocoxib e do meloxicam em equinos após orquiectomia por meio da avaliação clínico-laboratorial. Foram avaliados 18 cavalos não castrados, de diferentes raças, com 4,99±2,63 anos de idade e
358,62±45,57 kg de peso corporal. Em função do fármaco utilizado após as
castrações, os animais foram distribuídos aleatoriamente em três grupos
experimentais com 06 animais cada: GFM= flunixin meglumine, GF= firocoxib e GM= meloxicam. Amostras de sangue e líquido peritoneal foram colhidas antes (T0) e após as orquiectomias (1, 3, 6, 9, 12, 24, 48, 72, 120 e 168 horas). O líquido peritoneal, obtido através da punção abdominal, foi submetido à análise físico-química e as amostras de sangue, obtidas através da punção jugular, ao eritroleucograma e as provas de funcionalidade renal, hepática e de higidez muscular. Os resultados foram submetidos à análise estatística descritiva e as médias foram comparadas pelo teste “SNK” a 5% de probabilidade. Após as orquiectomias os animais do GF apresentaram taquicardia e os do GM taquicardia e hipertermia. Leucocitose neutrofílica foi observada nos animais do GFM, GF e GM e monocitose nos animais do GFM e GM. O proteinograma sérico dos três grupos (GFM, GF e GM) revelou hipoproteinemia e a atividade sérica da enzima GGT apresentou queda nos valores no GFM, GF e GM. Os valores de FA foram superiores no GF quando comparados ao GFM e GM (T72 e T120). Quanto às concentrações de AST, os animais do GM apresentaram valores superiores ao GFM e GF. Observou-se ainda aumento na atividade sérica das enzimas CK (T24, T72 e T168) nos animais do GFM, GF e GM. Os animais do GFM e GF apresentaram valores superiores relativos à uréia comparados ao grupo GM (T0, T72 e T120) e em relação à creatinina e o GM apresentou valores superiores ao GFM e GF em todos os tempos avaliado no pós cirúrgico. A coloração do líquido peritoneal antes das orquiectomias (T0) variou de amarelo-palha a amaralo-ouro,
límpido nos grupos GFM, GF e GM e amarelo-palha, vermelho, âmbar e amareloouro com grau de turbidez de límpido a turvo após as orquiectomias. No liquido peritoneal foi observado aumento da proteína total, AST e GGT nos grupos GFM, GF e GM e das enzimas FA nos animais do GM. Avaliou-se ainda a resposta de fase aguda através da determinação da concentração das proteínas de fase aguda (PFAs) no soro sanguíneo e no líquido peritoneal. Foram identificadas as proteínas ceruloplasmina, transferrina, albumina, haptoglobina e α1- glicoproteína ácida. Houve aumento de Cp, Hp, Tr, Alb e AGP nos animais dos três grupos (GFM, GF, GM). Na comparação entre grupos, os valores de Cp e de Tr no sangue e no LP dos animais do GM foram superiores aos GFM e GF. Para a variável Alb os animais do GF apresentaram valores superiores aos animais do GFM e GM em todos os momentos avaliados. O flunixin meglumine e o firocoxib se mostraram com ação superiores em relação ao meloxicam. A orquiectomia desencadeia reação inflamatória em equinos e o proteinograma pode ser utilizado para diagnosticar e monitorar complicações pós-operatórias.

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